Nos anos 1980 e 1990, o surfe ferroviário se tornou febre em algumas cidades brasileiras, em especial entre os jovens das camadas mais pobres dos subúrbios do Rio de Janeiro. A prática, eternizada na música W/Brasil (Chama O Síndico), crônica definitiva de Jorge Ben Jor sobre o conturbado início dos anos 1990 sob os auspícios de Fernando Affonso Collor de Mello, foi proibida no país para conter os chamados surfistas de trem. Deu no New York Times!
Pois bem, passados quase duas décadas e meia, e sem a menor similaridade com o que acabo de descrever. Pelo contrário! Do ápice das camadas mais privilegiadas da sociedade, fomos apresentados ontem na praia de Dee Why a um novo tipo de surfe, o surfe de escadaria, resultado da maré alta que há semanas vem levando indiscriminadamente parte da areia da praia para o mar e estourando no concretão construído pelo homem.
O resultado?
Deu no Facebook!
Em tempo: torço demais para que a câmera/celular do Ben Grozier seja à prova d’água.
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